Cuidado ao corrigir o outro

Como você corrige seu filho, seu esposo, sua esposa, seu empregado, seu colega, seu subordinado de modo geral? É um dever e uma necessidade corrigir quem amamos ou quem está sob nossa liderança, mas isso precisa ser feito de maneira correta.

Não é fácil corrigir uma pessoa que erra; apontar o dedo para alguém e dizer-lhe: “Você errou!”. Dói no ego da pessoa... E se a correção não for feita de modo correto ainda pode gerar efeito contrário. Se a correção for feita de maneira inadequada pode piorar o estado da pessoa e gerar nela humilhação e revolta. 

Nunca se pode, por exemplo, corrigir alguém na frente de outras pessoas, isso a deixa humilhada, ofendida e, muitas vezes, com ódio de quem a corrigiu. E, lamentavelmente, isso é muito comum, especialmente por parte de pessoas que têm um temperamento intempestivo (conhecido como “pavio curto”) e que agem de maneira impulsiva. Essas pessoas precisam tomar muito cuidado, porque, às vezes, querendo queimar etapas, acabam queimando pessoas. Ofendem a muitos.

Quem erra precisa ser corrigido, para seu bem, mas com elegância e amor. Ao corrigir alguém, chame-o a sós, feche a porta da sala ou do quarto, e converse com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, pois este não é o caminho do amor. Não se pode humilhar a pessoa. Mesmo a criança pequena deve ser corrigida a sós para que não se sinta humilhada na frente dos irmãos ou amigos. Se for adulto, isso é mais importante ainda. Como é lamentável os pais ou patrões que gritam corrigindo seus filhos ou empregados na frente dos outros! Escolha um lugar adequado para corrigir a pessoa.

Os impulsivos e coléricos precisam se policiar muito nestes momentos porque provocam tragédias no relacionamento. Espere, se eduque, conte até 10 dez, vá para fora, saia por um tempo da presença do que errou; não se lance afoito sobre o celular para o repreender “agora”. Repito: a correção não pode deixar de ser feita; a punição pode ser dada, mas tudo com jeito, tudo com amor e respeito pelo outro. 

Autor: Professor Felipe Aquino


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