Acender luzes

Uma vela nada perde, quando com sua chama se acende uma outra que está apagada.” (Marden). A luz é uma necessidade vital. Todos precisam de claridade para poder dar conta dos passos e das buscas. Com frequência é possível encontrar pessoas que carregam consigo uma luz muito intensa, uma presença de Deus. Ficar próximos de pessoas iluminadas é uma satisfação, um privilégio e, porque não, uma verdadeira bênção. A convivência deveria estar assinalada pela troca de luz: um acender a luz do outro. No entanto, o que mais se torna visível é a necessidade que alguns possuem de apagar a luz do outro.

A inveja tem feito muitos estragos, mas quem mais sofre são os próprios invejosos. Deve ser muito triste a vida de quem deixa a inveja tomar conta do seu coração. O ideal é alegrar-se com as conquistas dos outros e expressar gratidão por tudo o que já possível alcançar.

Os ambientes ficam pesados, quando frequentados por pessoas que gostariam de ter ou de estar no lugar de alguém.

Por outro lado, é crescente o número de pessoas que não se cansam de espalhar luz: onde estão, tudo vai se iluminando e se transformando. Entre tantas luzes, a bondade é simplesmente reluzente. Onde está uma pessoa bondosa, o brilho é visível, o bem circula e provoca muitas alegrias.

Iluminar ambientes é ser capaz de multiplicar criativamente a luz, o bem, a força de Deus. É interessante perceber que quem acende a luz dos outros, jamais fica sem luz. Espalhar luz é multiplicar dons, é dar asas ao amor, é inflamar o coração com o que existe de melhor. É fazer o Céu habitar no meio de nós. Por outro lado, gastar tempo com os invejosos não traz nenhuma vantagem. Algumas pessoas acabam tendo medo da inveja: acham que os invejosos são capazes de muitos estragos. A inveja não afeta quem cultiva a fé verdadeira em Deus.

O segredo é acender as luzes daqueles que deixaram o desânimo apagar a chama da esperança. Que se multipliquem os portadores de luz. O mundo precisa de pessoas que iluminem, que resplandeçam a luz de Deus.